Auxílio Brasil será reformulado, diz novo Ministro em sua posse

Novo Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias tomou posse prometendo reformular todo o desenho do programa Auxílio Brasil

A partir deste ano de 2023, o Auxílio Brasil vai passar a se chamar Bolsa Família. Mas se engana quem pensa que esta é a única mudança prevista para o projeto social. Durante o seu discurso de posse nesta segunda-feira (2), o novo Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, confirmou que o programa será redesenhado.

“Sim, vamos reformular com muito diálogo o Bolsa Família e sei que na situação que se encontra não é uma tarefa simples, mas creio que é no diálogo que vamos encontrar a pactuação e dosagem certa. Sim, vamos fazer a atualização do cadastro único e nada de pente-fino”, disse o Ministro.

Segundo informações de bastidores, a ideia central do novo governo é jogar uma lupa de aumento sobretudo nas contas que entraram no Auxílio Brasil entre o final de 2021 e o final de 2022. São pessoas que se registraram no Cadúnico como solteiros, e que poderiam estar burlando o sistema de entrada no programa.

Na posse, o Ministro negou que o governo deverá realizar um pente-fino, e ironizou o termo. Contudo, ele deixou claro que as análises realmente deverão acontecer. Assim, é possível e até certo ponto provável que alguns usuários que hoje fazem parte do programa deixam de receber o benefício.

“Sou da geração do tempo do piolho. Pente fino era para tirar piolho do cabelo. Imagine o Ibaneis (governador do Distrito Federal), que está mais careca”, disse o Ministro. A tendência natural é que a reanálise dos perfis do Bolsa Família seja iniciada já a partir deste mês de janeiro.

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Auxílio terá período de saída voluntária

Ainda neste discurso de posse, o Ministro do Desenvolvimento Social disse que vai estabelecer uma espécie de período de tempo para que as pessoas que não precisam do dinheiro possam sair do programa de maneira voluntária.

“Vamos dar a oportunidade, neste período, para as pessoas que não preenchem os requisitos, de voluntariamente já pedir desligamento do programa. Nós somente vamos pagar o benefício para quem legalmente, por critérios sociais, tem o direito (de receber)”, disse o Ministro em seu discurso de posse.

“Mas vamos colocar na prioridade – e é essa a prioridade do presidente já a partir deste primeiro momento – uma busca ativa em cada canto do Brasil para que a gente possa trazer para o cadastro as pessoas que têm direito e não tiveram a oportunidade de receber o direito”, disse ele.

“Trabalhar pela dignidade vai exigir um trabalho de forma integrada em várias frentes. Pessoas que não têm a documentação: para a Cidadania, estas pessoas não existem. A gente vai ter que encontrar (as pessoas) e garantir as condições da documentação.”

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