INSS: Ministro fala em rever regras da pensão por morte

Em entrevista, Ministro da Previdência disse que poderá rever uma série de regras que estão em voga hoje para os aposentados do INSS

O Ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT) disse em entrevista nesta segunda-feira (6) que deverá trabalhar para alterar alguns pontos da Reforma da Previdência. Ele também adiantou que deverá analisar alterações nas regras da pensão por morte e da taxa de juros do consignado.

“Temos o Conselho Nacional da Previdência, do qual fazem parte representantes das centrais sindicais patronais, dos trabalhadores, e o governo”, disse o Ministro em conversa com jornalistas na manhã desta segunda-feira (6). Ele disse que uma série de mudanças passarão por debates.

“Eu quero discutir isso (as mudanças) no Conselho e depois levar para outras pastas, Fazenda, Planejamento, Casa Civil e, sendo consenso, o governo enviará um projeto de lei ao Congresso”, declarou o ministro ao jornal O Globo em entrevista publicada nesta segunda (6).

Especificamente sobre a pensão por morte, Carlos Lupi disse que é preciso alterar o sistema de redução do valor do benefício. Pelas regras atuais, os pagamentos diminuem após a morte do marido, que em boa parte dos casos, era a pessoa que bancava as despesas da casa.

“Quando a esposa perde o companheiro, os custos não diminuem, aumentam em até 30%. É grave porque a pessoa recebe 60% do que recebia o marido, há uma queda flagrante do poder aquisitivo da família”, disse o Ministro na mesma entrevista publicada pelo jornal O Globo.

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Além da pensão por morte

Além das possíveis mudanças no sistema de pensão por morte, o Ministro da Previdência voltou a dizer que vai indicar uma mudança na atual taxa de juros do consignado. Na visão de Lupi, a atual taxa seria muito alta.

“A taxa cobrada hoje é alta. A inflação do ano passado foi 6%. A taxa do consignado varia entre 1,80% e 2,14% ao mês. Só que no cartão é de 3,06%. Por que diferenciar se é o mesmo beneficiário? A garantia do próprio salário diminui quase 100% o risco”, disse ele.

Lupi também disse que pretende fazer mudanças em áreas como a aposentadoria por invalidez. Sobre este assunto, ele afirmou que todas as Centrais Sindicais estão cobrando alterações nesta regra.

Fila do INSS

O Ministro da Previdência também voltou a falar sobre as filas de espera para o INSS. “Na fila do BPC, tem 473 mil, e do auxílio-doença, 574 mil. Ou seja, quase um milhão depende de perícia”.

Em uma entrevista recente à Globo News, Lupi se negou a traçar uma data para o fim da fila de espera do INSS.

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