TSE manda remover fake news sobre prova de vida do INSS

Ministra Cármen Lúcia mandou remover postagens que associam prova de vida a uma votação específica em apenas um dos candidatos

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exigiu a retirada imediata de vídeos que insinuam que a prova de vida do INSS estaria vinculada a votação no presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão partiu da ministra Cármen Lúcia, que atendeu a um pedido da campanha do ex-presidente Lula (PT).

Segundo integrantes da equipe do petista, o comitê de Bolsonaro estaria espalhando vídeos no Whats App insinuando que os cidadãos que quiserem realizar a prova de vida, terão que votar em Jair Bolsonaro nas eleições do próximo domingo (30). A ministra Cármen Lúcia considerou que as postagens podem levar o eleitor ao engano.

A prova de vida é uma espécie de exigência para o segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Cada usuário precisa realizar a prova ao menos uma vez por ano, para provar que está vivo. Quem não faz a prova de vida, corre o risco de ser considerado falecido, e por consequência deixar de receber o seu benefício.

Neste sentido, o TSE considerou que a campanha de Bolsonaro estaria insinuando que os aposentados que não votassem no presidente no domingo, correriam o risco de perder os seus benefícios previdenciários. Diante desta insinuação, o Tribunal exigiu a retirada do vídeo do ar, e proibiu os compartilhamentos.

“A mensagem veiculada induz o eleitor a acreditar ser possível realizar sua prova de vida no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio do voto no candidato representado”, disse ela.

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“A propagação de notícia sabidamente falsa afeta a lisura do processo eleitoral e a própria vontade do eleitor em exercer o seu direito de voto”, completou a ministra.

A decisão sobre a prova de vida do INSS

A ministra considerou ainda que a forma como o campanha do presidente aborda o assunto poderia levar o eleitor a entender que ele precisa apertar o número de Bolsonaro para conseguir provar ao INSS que ele está vivo.

No vídeo, a campanha de Bolsonaro diz: “apenas o seu voto já é suficiente para garantir os benefícios do INSS, para você exercer seu direito à cidadania com menos burocracia. Pelo bem do Brasil, vote 22!’

Cármen Lúcia exigiu que o partido retire o vídeo do ar e destacou que eles não podem fazer mais postagens desta natureza em redes sociais.

“Como ressaltado na inicial, o uso da expressão pode ‘induzir que o eleitor aposentado ou pensionista, exclusivamente com vistas à prova de vida válida ao INSS, seja maliciosamente induzido a escolher Jair Bolsonaro nas urnas’”, ressaltou a ministra.

Até a publicação deste artigo, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) não tinha se manifestado sobre o assunto.

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