Na Fiesp, Lula critica Auxílio Brasil de Bolsonaro

Em evento na Fiesp, Lula criticou a distribuição de dinheiro para o Auxílio Brasil às vésperas das eleições presidenciais

O ex-presidente Lula (PT) participou nesta terça-feira (9) de um evento na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Entre outros pontos, o candidato à presidência criticou duramente o presidente Jair Bolsonaro (PL) por causa da liberação do saldo para o Auxílio Brasil às vésperas das eleições presidenciais deste ano.

“É a maior distribuição de dinheiro que uma campanha política já viu desde o fim do Império”, disse o petista. “Me preocupa se o povo aceitará pacificamente a retirada desses benefícios depois das eleições”, completou ele se referindo ao processo de manutenção do valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 em 2023.

Oficialmente, a PEC dos Benefícios aprovada pelo Governo Federal no último mês de julho prevê que os pagamentos do Auxílio Brasil ganharão um adicional extraordinário mensal de R$ 200. Assim, os usuários poderão receber R$ 600 por mês. Contudo, a ideia é manter o saldo neste patamar apenas até o final deste ano de 2022.

É justamente este o ponto que a campanha de Lula quer bater nos próximos meses. Segundo informações de bastidores, o petista já teria aprovado um vídeo publicitário que será divulgado em rádios e TVs sobre o tema. A peça lembrará que o Auxílio de R$ 600 é temporário e poderá chegar ao fim depois das eleições deste ano.

Do outro lado, o presidente Jair Bolsonaro também vem tentando se blindar das críticas. Nas últimas entrevistas, ele vem dizendo que manterá o valor do Auxílio Brasil de R$ 600 caso seja reeleito nas eleições deste ano. Contudo, ele afirma que a decisão não depende apenas dele, mas também do Congresso Nacional no próximo ano.

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Além do Auxílio

Além da questão do Auxílio Brasil, o ex-presidente Lula também falou de outros temas durante sua visita à Fiesp. Informações da imprensa dão conta de que o objetivo da campanha com a visita foi retirar a imagem de que ele seria um candidato ruim para a economia.

“Como a gente pode viver em um país em que o presidente conta sete mentiras por dia? Que chama uma carta que defende a democracia de cartinha? Quem sabe a carta que ele gostaria de ter é um feita por milicianos no Rio de Janeiro”, disse Lula.

Lula também não poupou críticas às declarações de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas. “Que negócio é esse de as Forças Armadas fiscalizarem as urnas? Os militares têm de fiscalizar nossas fronteiras”, seguiu ele.

“As pessoas passam, as instituições ficam. O que precisamos é ter boas instituições. A nação é mais importante que o governo. O governo é o braço político do estado”, completou Lula ao citar a sua relação com o ex-governador de São Paulo e agora seu parceiro de chapa, Geraldo Alckmin (PSB).

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