No JN, Ciro Gomes promete pagar novo auxílio de R$ 1 mil em 2023

Na noite desta terça-feira (23), o candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) prometeu criar um novo auxílio permanente no valor de R$ 1 mil para as famílias em situação de vulnerabilidade social. Em entrevista para o Jornal Nacional, da TV Globo, ele sinalizou que vai bancar a proposta ao “aumentar os tributos dos super ricos”

“Para fechar os R$ 297 bilhões dos recursos que já existem, eu vou agregar um tributo sobre grandes fortunas apenas e tão somente aos patrimônios superiores a R$ 20 milhões”, disse Ciro Gomes na entrevista. “Entenda bem, só 58 mil brasileiros têm um patrimônio superior a R$ 20 milhões”, seguiu o candidato do PDT.

“Cada super-rico no Brasil vai ajudar a financiar, com R$ 0,50, apenas de cada R$ 100 de sua fortuna, a sobrevivência digna de 821 brasileiros abaixo da linha da pobreza. Aqueles domicílios que as pessoas ganham R$ 417 ou menos por cabeça por mês”, disse o ex-ministro, que atualmente figura na terceira posição nas principais pesquisas de opinião.

“Ninguém mais vai depender de político ‘A’, político ‘B’, eleição ‘A’. Como está acontecendo ameaças e tentativas de manipular o sofrimento mais humilhado do nosso povo, das mães de família que estão vendo seus filhos dormirem hoje com fome. Isso me dói o tempo todo, essa é a minha história de vida. “, afirmou o candidato.

Esta não foi a primeira vez que Ciro Gomes falou sobre o tema. Em entrevistas recentes, o pedetista também falou sobre o assunto. Entre outros pontos, ele disse que a ideia é mudar o nome do programa de Auxílio Brasil para Eduardo Suplicy. O vereador do PT é conhecido por apresentar projetos de renda básica para a população carente.

Auxílio Brasil hoje

No último mês de julho, o Congresso Nacional conseguiu aprovar a chamada PEC dos Benefícios. Entre outros pontos, o texto libera R$ 26 bilhões para que o Governo turbine os seus principais programas sociais em pleno ano eleitoral.

No caso específico do Auxílio Brasil, o Planalto decidiu elevar o número de usuários de 18 milhões para mais de 20 milhões de pessoas. Além disso, eles também aumentaram o valor do projeto de R$ 400 para R$ 600 mínimos.

O saldo dos pagamentos do programa já virou polêmica. Isso porque a PEC dos Benefícios prevê que os repasses turbinados no valor de R$ 600 só seriam pagos até o final deste ano. A partir de 2023, o sistema voltaria ao normal.

Aliados do presidente Jair Bolsonaro e o próprio chefe de estado estão usando as últimas entrevistas para dizer que conseguirão manter o auxílio de R$ 600 a partir de janeiro de 2023. De todo modo, a proposta de orçamento que será enviada ao Congresso contará com o apontamento de R$ 400.