Botafogo anuncia pagamento de mais de R$ 6,5 milhões do FGTS

O Botafogo anunciou nessa semana o pagamento de mais de R$ 6,5 milhões em dívidas referentes ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O anúncio foi feito ainda na última terça-feira (25), e agradou os trabalhadores que estavam com o benefício atrasado.

O FGTS é um saldo que precisa ser depositado pelo empregador todos os meses, e que fica vinculado em uma conta da Caixa Econômica Federal. O trabalhador pode sacar essa quantia apenas em alguns momentos específicos. Essa regra, aliás, é válida também para os clubes de futebol.

No caso específico do Botafogo, o clube chegou a registrar uma dívida total superior a R$ 1 bilhão. Contudo, desde a chegada do norte-americano John Textor, empresário que comanda o clube atualmente, essa dívida começou a ser sanada aos poucos.

O que disse o Botafogo sobre o FGTS

“Quando começamos na SAF, o Botafogo tinha R$ 1,1 bilhão em passivo e R$ 120 milhões em receitas. Era uma relação de 1 para 10. Assim, qualquer empresa de qualquer setor com esses valores enfrentaria falência”, disse Thairo Arruda, CEO da SAF do Botafogo..

“Nosso primeiro trabalho, portanto, foi entender o passivo e identificar as oportunidades de aumentar receitas. Fechamos o ano passado com R$ 530 milhões de receita. Em 2 anos, o crescimento foi incrível”, seguiu ele. 

“Assumimos o clube com R$ 220 milhões de dívida trabalhista. Reestruturamos o RCE, de forma que hoje temos R$ 150 milhões. Agora, está bem organizado, pagamos regularmente e os credores estão satisfeitos”, concluiu Thairo Arruda. 

Dentro de campo

A situação do Botafogo parece melhorar também dentro de campo. Ainda na noite desta quarta-feira (25) o clube carioca derrotou o São Paulo e conseguiu uma vaga na semifinal da Libertadores da América, a principal competição de clubes da América do Sul.

Além disso, o Botafogo é o atual líder isolado do Campeonato Brasileiro, considerado o mais caro de toda a América Latina

Mudanças no FGTS

Vale lembrar que o governo federal estuda neste momento a possibilidade de realizar mudanças no sistema do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. A principal indicação na mesa é tentar acabar com o sistema de saque-aniversário.

O saque-aniversário foi criado ainda durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O trabalhador que opta por esse sistema passa a ter o direito de sacar a quantia todos os anos sempre no mês de seu nascimento, ou nos dois meses imediatamente seguintes.

Entretanto, o trabalhador que entra no saque-aniversário fica proibido de sacar a quantia em casos emergenciais, como em uma demissão sem justa causa, por exemplo.